Projeto da Univel leva informação para alunos dos colégios públicos de Cascavel

Projeto da Univel leva informação para alunos dos colégios públicos de Cascavel

Projeto da Univel leva informação para alunos dos colégios públicos de Cascavel

A Violência contra a mulher precisa de atenção diferenciada da sociedade e com o debate, os estudantes têm a compreensão de como podem auxiliar na prevenção dos abusos

Alunos do Colégio Estadual Castelo Branco, participaram de uma palestra sobre Violência contra a Mulher, com acadêmicos e professores do curso de Direito do Centro Universitário de Cascavel - UNIVEL. A ideia, faz parte de um projeto, que leva informações sobre o tema, nos colégios públicos da cidade, para realizar uma conscientização da necessidade de proteção para as mulheres, vítimas desse tipo de violência e também esclarecer sobre as medidas protetivas, em Cascavel e na Lei Maria da Penha.

Na palestra, os estudantes receberam uma série de informações sobre o perfil do violentador, o perfil da mulher agredida, quais são as medidas protetivas, o número de agressões, que na comarca de Cascavel já são mais de 900 e como denunciar. A coordenadora do curso de Direito, Caroline Buosi Velasco, explica que os alunos foram orientados sobre os aspectos e os tipos de violência contra a mulher e o que a lei abrange, por meio de uma conscientização, de que isso precisa ser rompido, com a denúncia no 180, "Este é o canal hoje que é mais capacitado para receber essas denúncias, a gente não pode mais estar alheio para este problema que enfrenta a nossa sociedade, por isso, nós temos que despertar nestes alunos, junto com os professores, que nós devemos incentivar as denúncias, para que o problema acabe", ressalta.

Caroline comenta ainda, sobre a importância de começar o projeto com os alunos do ensino médio, dos colégios públicos, que estão no processo de formação, "Estes adolescentes estão entrando na fase adulta e se eles vivenciarem abusos dentro de casa, com a orientação certa, eles podem fazer um futuro diferente", explica. A professora do Ensino Médio do Colégio Castelo Branco, Adângela Berti, fala sobre a necessidade de um projeto como este, "A iniciativa da Univel de levar para as escolas reflexōes sobre a violência contra a mulher, possibilita uma efetiva conscientização dos nossos alunos sobre esse assunto, que ainda é um tema recorrente no Brasil e no mundo".

Durante todo o ano a Univel realizou encontros internos para preparar os acadêmicos de Direito e em uma visita na Univel, a promotora, Andrea Frias, explicou o funcionamento da Patrulha Maria da Penha, que é um trabalho que está sendo realizado por meio do Poder Judiciário, para fiscalizar as medidas protetivas da comarca, "Uma viatura faz a fiscalização ostensiva com aspecto preventivo, a equipe vai bater na porta das casas das mulheres para fiscalizar as medidas, quando existe ordem de restrição contra o réu".

Para a acadêmica de Direito, Isabela Ferrari, é uma realização pessoal fazer parte desse trabalho, no enfrentamento desse problema social, "Esse projeto é incrível, ele contribui de forma efetiva com a conscientização da população perante a violência contra a mulher, que é um tema de extrema relevância e, infelizmente, muito presente na nossa sociedade".

Violência contra a mulher no país

A violência doméstica no Brasil é histórica, tanto nos casos de maior ou de menor gravidade, na maioria das vezes, não começa de uma hora para outra, com o agressor já dando socos ou facadas. Primeiro, o homem desmoraliza, ele deixa a mulher submissa. No começo, são os crimes contra a honra, depois, os crimes de perigo com dano, lesão corporal e o homicídio. A maioria dos casos, com históricos mais graves, não é levado ao conhecimento da justiça. De acordo com a promotora, Andrea Frias, 90% das violências estão relacionadas ao alcoolismo, e, na maioria das vezes, sem testemunhas e entre quatro paredes, "O homem faz com que a mulher se sinta desvalorizada, desprezada e depois parte para a agressão. A lei traz instrumentos de empoderamento das vítimas, agrediu, ameaçou ou ofendeu, se ela não quer o contato, a mulher tem o direito de ter a medida protetiva".

Por: Núcleo de Comunicação

22.11.2017

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